Governo de Minas define plano para flexibilizar isolamento e reabrir comércio no estado

O governo de Minas Gerais definiu o plano que vai afrouxar o isolamento social e retomar a atividade econômica no Estado. A estratégia é criar uma espécie de protocolo a ser passado aos prefeitos, que ficarão responsáveis por adotar a flexibilização. As primeiras medidas de distanciamento entre as pessoas e paralisação de empresas e estabelecimentos comerciais por causa da pandemia do novo coronavírus foram tomadas no dia 17 de março.

O programa batizado de “Minas Consciente” foi dividido em 4 ondas: essenciais (onda 0), baixo (onda1), médio (onda 2) e alto risco (onda 3), considerando as variáveis econômicas e o impacto no sistema de saúde (confira detalhes ao fim da matéria). Toda a retomada ocorrerá de forma gradual.

De acordo com o governador Romeu Zema (Novo) “os protocolos gerais serão disponibilizados a partir da próxima semana e a adesão ao programa por parte do município será opcional, por meio de Decreto Municipal”.

O plano de flexibilização das medidas de isolamento no Estado foi dividido em 4 ondas: essenciais, baixo, médio e alto risco, considerando as variáveis econômicas e o impacto no sistema de saúde.
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A posição acontece no mesmo dia em que o governador de São Paulo João Doria (PSDB), apresentou o Plano São Paulo, projeto para abrir alguns setores da economia em algumas regiões do Estado e afirmou que, apesar disso, pode ampliar o período de quarentena para depois de 10 de maio. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Paraíba, Sergipe e Tocantins – e o Distrito Federal já afrouxaram desde a semana passada o isolamento social, imposto para conter o avanço do novo coronavírus no Brasil. Especialistas divergem sobre o tema.

Foi definido que as escolas não voltarão às atividades normais com menos de três meses. O retorno com prazo mais longo, no entanto, será na área da Cultura. Cinemas, casas de show, teatros e boates não vão funcionar por, pelo menos, 120 dias a partir desta quarta-feira.

As empresas serão divididas em grupos que serão classificados por cores. O verde, por exemplo, será para empresas que poderão retomar as atividades mais rapidamente. O vermelho, para setores que vão demorar mais para retomarem o funcionamento. O Governo quer, ainda, dar prioridade a grandes empresas, de alto impacto econômico, que necessitam de número menor de funcionários para operar. Um calendário com as cores e as empresas atribuídas a cada uma delas será entregue às prefeituras.

Ficou definido ainda que a aplicação das medidas será iniciado pelo Interior. Grandes centros, pelo número maior de pessoas, deverão ter abertura mais lenta. Empresários vêm exercendo forte pressão no Estado pela retomada da atividade econômica.

Mortes

Nesta quarta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde anunciou que 47 pessoas morreram em Minas Gerais por causa da covid-19, três a mais que o relatório divulgado na terça (21). O total de casos confirmados é de 1.283. Os óbitos suspeitos de terem ocorrido por causa da doença e que ainda estão em investigação somam 78. O número de casos suspeitos é de 77.744.

Nesta tarde, o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que o pico projetado para casos da covid-19 passou a ser 3 de junho, ante 23 de maio, conforme previsão anterior. O alongamento do prazo, conforme o secretário, ocorreu por causa da adesão da população às medidas de isolamento. A expectativa é de que Minas Gerais tenha 4.290 casos da doença, contra 3.583 da projeção que a antecedeu.

Fonte: Agência Minas.


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