Ministério da Saúde muda protocolo e amplia uso de cloroquina para todos casos da covid-19
Foto: André Rodrigues/Sesa.
Após a recusa de dois ministros da Saúde, que optaram por pedir demissão para não assinar o documento, coube ao general Eduardo Pazuello, que assumiu a pasta de forma interina, liberar a cloroquina para todos os pacientes da covid-19 no Brasil. Em documento divulgado nesta quarta-feira, 20/05, a pasta formaliza o novo protocolo de uso do medicamento e passa a orientar a prescrição da substância desde o primeiro dia de sintoma da doença.
A orientação do ministério é pela prescrição de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina, ambas combinadas com azitromicina, mesmo para casos leves. As doses dos medicamentos se alteram conforme o quadro de saúde. O documento avisa que cabe ao médico prescrever e que o paciente deve assinar um termo de “Ciência e Consentimento” sobre o uso da droga.
O protocolo inclui declarar conhecer que o tratamento pode causar efeitos colaterais que podem levar à “disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito.”
“Apesar de serem medicações utilizadas em diversos protocolos e de possuírem atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus ainda não há meta-análises de ensaios clínicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o beneficio inequívoco dessas medicações para o tratamento da covid-19. Assim, fica a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente”, diz um trecho do documento.
Por Agência Estado.