Ana Paula não morreu por afogamento e sim pela violência sofrida

Por Frank Ádamo.

Terminou de maneira trágica as buscas pela menina Ana Paula de 6 anos, que sofria de autismo, e que estava desaparecida, versão do padrasto, mas que na verdade, havia sido assassinada, na conclusão da polícia. A menina teria saído de casa por volta das 15h, na quinta-feira, 13/05, de uma residência no Bairro Água Branca I, em Unaí-MG e não mais teria sido vista.

Uma viatura da PM foi acionada por volta das 18h pelo padrasto, que apresentou a sua versão. De acordo com ele, estava trabalhando em uma casa enfrente da residência onde morava na companhia da mãe da criança, que, naquele dia estaria hospitalizada em trabalho de parto. Ele contou que no horário do desaparecimento, teria entrado na casa para pegar algo, e que não teria visto a menina sair.

Com base nas informações, policiais militares com o apoio de vizinhos e familiares deram início a intensas buscas em toda região na tentativa de encontrar a criança, porém sem êxito. Já na sexta-feira, 14/05, os Bombeiros da 2ª CIA de Unaí, passaram a auxiliar nas buscas, e a PC deu início às investigações. Foi requisitado ainda, apoio dos Bombeiros de Uberaba, que chegaram no sábado 15/05, à tarde, trazendo um cão adestrado que conseguiu farejar o trajeto que a menina teria percorrido, e apontava as margens do Rio Preto. Por isso, foi novamente requisitada a vinda de outros Bombeiros de Uberaba, desta feita, mergulhadores e na manhã desse domingo, 16/05, o corpo da criança foi encontrado boiando.

A perícia técnica foi acionada e realizou o exame de necropsia, o resultado constatou que a criança foi assassinada e em seguida jogada no rio. Foram encontrados sinais de violência física e de abuso sexual. O suspeito de ter praticado o crime bárbaro é o padrasto 36 anos que está preso.

Os detalhes das investigações, bem como, a ação violenta praticada pelo suspeito contra a criança, foram apresentados em entrevista coletiva na Delegacia Regional da PC. O Delegado Dr. João Henrique falou a reportagem Veredas e confirmou, que, conforme necropsia, a criança não morreu por afogamento e sim pela violência sofrida.

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