Cyber Stalker é identificado pela PCMG e preso no Paraná

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, neste sábado (20/2), a operação “DeLorean Stalker” que culminou na prisão de um homem, de 40 anos. Além disso, a PCMG cumpriu mandados de busca e apreensão na cidade de Paranaguá, estado do Paraná (PR).

A prisão é fruto de um complexo trabalho de investigação policial, da Agência de Inteligência e Informações Policiais em Unaí, que possibilitou à PCMG localizar o suspeito. Ele é investigado pela prática reiterada de crimes contra a honra, ameaças e extorsões contra uma juíza de Unaí. As condutas eram praticadas pelas redes sociais.

A delegada Gabriela Mol, que conduziu as investigações, explica o modo como agem esses criminosos. “Cyber Stalker é investigado por invadir a esfera de privacidade da vítima, empregando táticas obsessivas ameaçadoras de perseguição e coação através das redes sociais, WhastApp e Instagram. O conteúdo das mensagens, encaminhadas à vítima, é extremamente ofensivo, demonstra grau acentuado de periculosidade e inclui vertente sexual altamente pejorativa”, detalhou.

Ainda segundo a delegada, por meio das estratégias de stalking, o suspeito realizou, por mais de quatro meses, ameaças de aproximação física, impondo à vítima extremo temor de ter sua integridade física gravemente ofendida. “O suspeito chegou a encaminhar fotografias de lugares íntimos, como o local exato da residência da vítima e de familiares, além de correspondências ao local de trabalho. Pelas investigações, a grave ameaça foi sempre manifestada. O suspeito, em busca por vantagem ilícita, chegou a exigir R$ 1 milhão a título de suposta reparação de danos sob pena de causar à vítima dor e intenso sofrimento”, revelou Gabriela.

Os aparelhos eletrônicos utilizados para a prática dos crimes foram apreendidos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão e serão analisados.

O suspeito foi ouvido pela equipe da PCMG e encaminhado ao sistema prisional do Paraná, onde permanecerá preso preventivamente.

A pena para o crime de extorsão varia de 4 a 10 anos, além das penas correspondentes aos crimes de ameaça e contra a honra.

O nome da operação faz referência ao carro que viajava no tempo, no filme “De Volta para o Futuro” e caracteriza o stalking exercido por alegados (e inexistentes) fatos passados com referência a trágicas consequências futuras.

A investigação foi realizada pela Delegacia Regional de Polícia Civil em Unaí-MG.

Fonte: ASCOM-PCMG.


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