Unaí-MG a um passo da Onda Amarela do Minas Consciente

Por Frank Ádamo.

Unaí-MG segue na Onda Vermelha do Minas Consciente, mas, a um passo de avançar para a Onda Amarela. Isso vai depender da queda dos índices de transmissão e ocupação de leitos clínicos e de UTIs nos próximos dias.

A decisão foi tomada nesta quinta-feira 29/4, durante reunião do Comitê Extraordinário COVID-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a situação da pandemia no estado.

Unaí está inserido na Macro-região de Saúde do Noroeste juntamente com os municípios: Arapuá; Arinos; Bonfinópolis de Minas; Brasilândia de Minas; Buritis; Cabeceira Grande; Carmo do Paranaíba; Chapada Gaúcha; Cruzeiro da Fortaleza; Dom Bosco; Formoso; Guarda-Mor; Guimarânia; João Pinheiro; Lagamar; Lagoa Formosa; Lagoa Grande; Matutina; Natalândia; Paracatu; Patos de Minas; Presidente Olegário; Riachinho; Rio Paranaíba; Santa Rosa da Serra; São Gonçalo do Abaeté; São Gotardo; Serra do Salitre; Tiros; Uruana de Minas; Varjão de Minas; e Vazante.

Já na Micro-região de Saúde, na qual é Cidade Pólo, Unaí tem pactuação em saúde com os seguintes municípios: Arinos; Bonfinópolis de Minas; Buritis; Cabeceira Grande; Chapada Gaúcha; Dom Bosco; Formoso; Natalândia; Paracatu; Riachinho e Uruana de Minas.

Onda Amarela

Avançar para a Onda Amarela significa liberar as escolas, os esportes coletivos, os pontos recreativos, os bares com consumo no local, além de outros estabelecimentos não contemplados pela Onda Vermelha. A rapidez no avanço para a onda menos restritiva vai depender da velocidade com que Unaí e região conseguirem reduzir os indicadores da covid. A partir dessa redução nos números, especialmente de ocupação de UTI, é que o Estado vai rever a classificação. No entanto, isso não depende, necessariamente, da vontade da Prefeitura de Unaí ou da GRS, e sim do comportamento da população.

Esforço

A Administração Municipal de Unaí, sensível às dificuldades de comerciantes, empreendedores e funcionários que têm (ou tiveram) seus negócios abalados, encerrados ou perderam suas vagas de trabalho como efeito da crise sanitária, aguarda ansiosamente para um retorno à normalidade das atividades econômicas, mas dentro de uma perspectiva que garanta proteção e segurança sanitária a todos. Saúde e economia devem caminhar juntas.

GRS

Para o diretor da Gerência Regional de Saúde (GRS-Unaí), José Juliano Espíndula, apesar de Unaí verificar melhora em alguns índices, como a redução de casos confirmados de covid, a situação, segundo ele, ainda é muito perigosa, o que justifica (aos olhos do Estado) a manutenção da região na Onda Vermelha. “Realmente houve diminuição no número de casos positivos em Unaí, mas ultimamente a pessoa infectada chega aos hospitais com sintomas muito agravados”. As internações em leitos de terapia intensiva são o indicador de maior impacto negativo sobre os números unaienses.

José Juliano admite, no entanto, que o tempo gasto para Unaí e região avançarem para a Onda Amarela vai depender do comportamento da população nos próximos dias ou semanas. As medidas de contenção do vírus, segundo ele, são mais do que conhecidas: evitar aglomerações, usar máscara de proteção, manter o distanciamento social, fazer a higienização das mãos, além da adoção efetiva de práticas de limpeza e higienização. “É preciso que todos tenham consciência e adotem as medidas de proteção e segurança. Todos precisam colaborar”, afirma.
O avanço para ondas menos restritivas, ele observa, está condicionado ao comportamento da população e à variação dos números (pessoas contaminadas, sintomas agravados e ocupação de leitos). Assim, o município e a microrregião de saúde podem avançar (para a onda amarela) ou mesmo regredir (para a onda roxa), a depender desses indicadores.

Situação da Microrregião é muito crítica

Embora Unaí tenha reduzido drasticamente o número de infectados – saiu de uma média de 720 para 200 casos por semana –, o Governo de Minas manteve o município na Onda Vermelha de restrições, por entender que a microrregião (Unaí mais 11 municípios) ainda se encontra em situação “muito crítica”. Passar para a Onda Amarela requer de Unaí e região baixarem mais rapidamente o número de pessoas infectadas, frear o avanço da doença e reduzir a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI).

A maior parte dos municípios e microrregiões de saúde em Minas Gerais está na Onda Vermelha (ver no mapa). Poucos avançaram para a Amarela (menos restritiva). “Não é hora de relaxar”, sentencia o diretor da GRS. A advertência faz sentido, porque o índice de isolamento social calculado pelo Estado para Unaí (42%) está abaixo da média do verificado nas cidades de Minas Gerais (50%). “As pessoas ficam eufóricas para sair, ir pra rua, aglomerar. E isso pode ser perigoso quando se trata de transmissão do novo coronavírus”, justifica José Juliano.
O perigo enfatizado pelo diretor da GRS está em sintonia com o que vem sendo vislumbrado por infectologistas e outros especialistas que não descartam uma possível nova onda de contaminação pelo novo coronavírus, prevista para até o meio do ano.

Com informações do site da PMU.


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